terça-feira, 12 de agosto de 2008

O verdadeiro acordar

Como de um sono milenar a palavra, amor, acorda
no embalo que nos leva para o agora
e quase virgem espreguiça-se esquecida
do majestoso florir crepuscular que é missão
sua nestes nossos lábios-cama onde ela
dá à luz a ficção que colheu da vida.

Como de um sono pesado a palavra amor acorda
lavada pela água que jorrou do tempo
e um bocejo infantil debruçado na vida que
aconteceu nesta esquina onde o mundo acabou
e começou sai-lhe da alma que tem entretida
a crescer entre o meu corpo e o teu.

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