quinta-feira, 28 de junho de 2007

Certidão de óbito.

Quando nasci, jurei nunca matar
não foi pra isso que duro me fiz
senti a munição no meu bolso
ao olhar-lhe na cara ignorando o que quis.

Tu deste-me a arma, a escolha
eu consciente, não ignorei
não posso dizer que não tenha virado a cara
mas não posso tampouco dizer que tentei.

Fechei os dois olhos, inspirei
apontei a arma e fingi até mirar
dei por mim a lembrar-me, no futuro,
daquele dia em que me ensinaste a matar.

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